Como calcular o Ponto de Equilíbrio?

Mantendo o equilíbrio na meditação – NUMI

O ponto de equilíbrio, é uma condição em que o faturamento da empresa é suficiente para cobrir os gastos que ela tem para funcionar, é o ponto em que não há prejuízo para o negócio – mas também não há lucro.

Vale lembrar que, uma empresa que conhece seu ponto de equilíbrio, pode definir melhores estratégias para alcançá-lo e, depois, ultrapassar o ponto mágico rumo ao lucro.

Existem algumas formas de calcular o ponto de equilíbrio e elas vão desde a análise contábil até a análise econômica, passando, também, pelo ponto de equilíbrio financeiro.

PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL
Um dos cálculos mais utilizados para se chegar ao ponto de equilíbrio é o chamado ponto de equilíbrio contábil.

Para calcular o ponto de equilíbrio contábil, você precisará conhecer os custos e despesas fixas. Ou seja, quanto gasta para produzir o que vende ou para entregar o serviço que a sua empresa oferece, e quanto você desembolsa com despesas, que são gastos que não estão diretamente ligados ao processo de produção.

Sabendo deste montante, você poderá ir para a segunda etapa deste cálculo, que é a de conhecer a sua margem de contribuição.

A margem de contribuição é o volume de dinheiro que sobra ao dono da empresa depois de descontados os custos e despesas fixas.

Suponha que:

Preço de Venda                      R$ 50,00

Custo Variável             R$ 18,00

Despesas de Vendas               R$ 4,00

Margem de Contribuição       R$ 28,00


Para calcular o seu Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC), você precisará agora dos seus gastos fixos.

Vamos assumir que a empresa tenha gastos fixos da ordem de R$5.000,00.

Você vai dividir os seus gastos fixos pela margem de contribuição unitária.

PEC = custos e despesas fixas ÷ margem de contribuição

PEC = R$5.000,00 ÷ R$28,00

PEC = 178,6

O que isso quer dizer? Quer dizer que, para não ter prejuízo – nem lucro, a sua empresa precisaria vender 179 unidades do bem ou serviço que ela oferece.

PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO

Diferentemente do ponto de equilíbrio contábil, o ponto de equilíbrio financeiro excluirá do total de custos fixos os valores que não são gastos desembolsáveis relativos à depreciação dos ativos.

A depreciação dos ativos de uma empresa é chamada de gastos não desembolsáveis em função de não haver, de fato, desembolso do negócio.

Vejamos: uma máquina cujo valor é de R$3.000,00 apresenta depreciação de 10% do valor anualmente. Então, no método contábil, a depreciação anual deste ativo é de R$300,00, sendo considerada como custo fixo e computada nos gastos fixos totais.

No ponto de equilíbrio financeiro, essa depreciação não será considerada como custo e isso deixará a conta um pouco diferente.

Assumiremos que, dos gastos fixos totais do exemplo acima, R$500,00 estejam associados à depreciação dos ativos da empresa. Então, para chegarmos ao ponto de equilíbrio financeiro teremos:

PEF = (custos e despesas fixas – valores não-desembolsáveis) ÷ margem de contribuição

PEF = (R$5.000,00 – R$500,00) ÷ R$28,00

PEF = 160,7

Levando em consideração apenas aquilo que, de fato, é desembolsado, a sua empresa precisaria vender 161 unidades dos bens ou serviços que ela oferece para não ter prejuízo.

PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO

A primeira coisa a saber é que o ponto de equilíbrio econômico levará em consideração os custos com a depreciação.

A segunda coisa importante dentro deste tipo de cálculo, é que nele você terá que levar em consideração o volume de lucro requerido que compense o investimento realizado pela sua empresa. Este lucro mínimo exigido é o chamado custo de oportunidade.

Vamos ao exemplo: suponha que a sua empresa tenha um patrimônio líquido de R$25.000,00 e que a exigência de lucro a partir do patrimônio líquido seja igual a 10%, ou seja, R$2.500,00.

Você deverá somar aos gastos fixos totais o lucro mínimo exigido e dividir pela margem de contribuição.

PEE = (custos e despesas fixas + lucro exigido) ÷ margem de contribuição

PEE = (R$5.000,00 + R$2.500,00) ÷ 28,00 PEE = 267,9

Neste caso, para que a empresa não tenha prejuízo e ainda entregue o lucro mínimo exigido para a remuneração dos investimentos, ela precisará vender 268 unidades ou serviços que ela oferece.

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