Abri uma empresa ou obrigado a ter contador?

No Brasil, todas as empresas, independentemente do porte ou natureza jurídica, são obrigadas por lei a ter um contador responsável pelo controle e gestão de suas finanças. Essa obrigatoriedade está prevista no artigo 1.179 do Código Civil Brasileiro e na Lei nº 6.404/76, conhecida como Lei das Sociedades por Ações.

A figura do contador é fundamental para garantir a transparência e a segurança das informações contábeis e financeiras da empresa. Ele é o profissional responsável por manter todos os registros contábeis e fiscais da empresa em ordem, bem como por elaborar as demonstrações financeiras, tais como o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e a demonstração das origens e aplicações de recursos.

Além disso, o contador também é responsável por auxiliar a empresa na tomada de decisões estratégicas, fornecendo informações precisas e confiáveis sobre a situação financeira da organização. Ele pode auxiliar, por exemplo, no planejamento tributário, na gestão de custos e despesas, no controle de estoques e na elaboração de orçamentos.

Outra função importante do contador é garantir que a empresa esteja em conformidade com as obrigações fiscais e tributárias, evitando assim possíveis penalidades e multas. Ele é responsável por elaborar e transmitir as declarações fiscais, tais como o Imposto de Renda e as contribuições sociais, além de auxiliar na elaboração e implementação de políticas de controle interno e na prevenção de fraudes.

Cabe ressaltar que a ausência de um contador responsável pode acarretar graves consequências para a empresa, tais como a impossibilidade de participar de licitações públicas, a suspensão das atividades da empresa, a aplicação de multas e penalidades, entre outras.

Portanto, a contratação de um contador é uma obrigatoriedade legal que deve ser levada a sério pelas empresas brasileiras. Além de cumprir a lei, a presença de um contador responsável traz diversos benefícios para a organização, tais como o controle efetivo dos recursos financeiros, a redução de riscos fiscais e tributários, a tomada de decisões mais assertivas e a melhoria da imagem da empresa perante o mercado e a sociedade.